Discografia 05 | Discografia - Twisted Sister

Em comemoração ao primeiro ano do devoltaparaovinil, mostrarei a discografia em vinil de uma banda que mistura Heavy Metal com Glam Metal: o Twisted Sister. 
Primeiro mostrarei as capas do álbuns e suas especificações, depois farei um breve histórico da banda com vídeo-clipes, além de fotos e curiosidades. Depois colocarei todos álbuns para você ouvir e por último as fotos de toda a coleção de vinis do Twisted Sister que possuo (3 álbuns, lembrando que de 1994 a 2002 só existem CDs).
Álbum: Under the Blade | You Can't Stop Rock'n'Roll
Ano: 1982 | 1983
Gravadora: ST2 | Atlantic
Gênero: Heavy Metal e Glam Metal
Álbum: Stay Hungry (IMP - Pink Vinyl) | Come Out and Play
Ano: 1984 | 1985
Gravadora: ST2 | ST2
Gênero: Heavy Metal e Glam Metal
Álbum: Love Is for Suckers | Big Hits and Nasty Cuts:
The Best of Twisted Sister
Ano: 1987 | 1992
Gravadora: ST2 | Atlantic / WEA
Gênero: Heavy Metal e Glam Metal
Álbum: Live at Hammersmith | Club Daze Volume 1: The Studio Sessions
Ano: 1994 | 1999
Gravadora: Spitfire Records | Spitfire Records
Gênero: Heavy Metal e Glam Metal
Álbum: Club Daze Volume II: Live in the Bars | The Essentials
Ano: 2001 | 2002
Gravadora: Spitfire Records | Warner Music
Gênero: Heavy Metal e Glam Metal
Álbum: Still Hungry | A Twisted Christmas
Ano: 2004 | 2006
Gravadora: Spitfire Records | ST2
Gênero: Heavy Metal e Glam Metal
Obs: os álbuns não estão à venda.

A cena de um moleque estourando o tímpano dos pais ao tocar Rock and Roll no volume mais alto do som ficou clássica com o Kiss, mas seus seguidores do Twisted Sister também merecem a analogia: o Rock dos anos 70, misturado o Glam Metal e o grotesco, fez dos filhos de Alice Cooper e Kiss um outro clássico.
Fevereiro de 1973: Michael Valentine, Billy Diamond,
Mell Starr, Kenneth Harisson-Neill e JJ French.
Jay Jay French (guitarra), Eddie "Fingers" Ojeda (guitarra) e Kenneth Harrison Neil juntaram-se em 75 e, embora French tenha criado o Twisted Sister em 1972 para fazer cover do Glam Metal, a banda completou-se em 1976 com a chegada do vocalista Dee Snider, um garoto apaixonado por Led Zeppelin, AC/DC e Hard Rock em geral, além do baterista Tony Petri.
O Twisted Sister foi criado em 1972 como uma banda de cover de Glam Metal, liderado pelo guitarrista Jay Jay French, o grupo se formou em Long Island, nos Estados Unidos, mas somente em 1975 foi criada a formação levaria a banda ao estrelato. A banda é conhecida por seu visual exagerado, cheio de maquiagem e brilho, caracterísitco do Glam e influenciado por David Bowie e New York Dolls.
Snider levou uma influencia muito forte de Alice Cooper, o que mudou a música do grupo e fez com que ele se tornasse praticamente o líder do grupo que  ganhou popularidade na região com suas composições. Em 1978, eles entraram pela primeira vez em estúdio e transformaram o Glam Metal em Heavy Metal. No mesmo ano, houve uma troca de baixista: saiu Kenneth e entrou Mark Mendoza, que havia tocado no Dictators.
Abril de 1976: Tony Petri, JJ French, Dee Snider,
Ken Neill, Eddie Ojeda.
Em 1980, o grupo criou um selo para lançar os primeiros singles: “I’ll Never Grow up Now!” e “Bad Boys of Rock  ‘n’ Roll. O ano seguinte, porém, não foi o mesmo para a banda, pois não havia novas músicas no mercado e eles não conseguiam uma gravadora. Tudo mudou em 1982, quando a Secret Recods investiu no Twisted Sister e lançou um EP, “Ruff Cuts”, que saiu primeiramente na Inglaterra. O grupo iniciou uma turnê divulgá-lo no país e na volta, eles entraram novamente em estúdio com um novo baterista, A. J. Pero. O primeiro álbum saiu em 1982, “Under the Blade”, com produção do baixista Pete Way, do UFO.
O disco tornou-se um sucesso e colocou o grupo nas paradas musicais. No ano seguinte, o Twisted Sister já estava com um contrato com uma gravadora grande, a Atlantic Records, e lançou “You Can’t Stop Rock ‘n’ Roll”. O sucesso dos dois primeiros discos assegurou um lugar nas paradas musicais por dois anos e a música “You Can´t Stop Rock ‘n’ Roll” transformou-se no primeiro vídeo clipe do grupo, sendo divulgada maciçamente na MTV.


A pegada e a energia da banda são identificadas facilmente nas músicas “The Kids Are Back”, “Like A Knife In The Back” e “I Am (I’m Me)”, canções sempre incluídas nos set lists dos shows executados pela banda e nas coletâneas lançadas no mercado. Sem contar a faixa-título, “You Can’t Stop Rock ´N´ Roll”, também com presença garantida nas apresentações ao vivo do grupo e que pode ser considerada um hino tão importante quanto “We’re Not Gonna Take It” – a letra fala da força do Rock e da impossibilidade de parar ou brecar esse estilo musical.
Abril de 1981: Mark Mendonza, JJ French, Dee Snider,
Joey Brighton, Eddie Ojeda.
E o álbum vai muito além dessas músicas clássicas citadas, destacando-se ainda “Ride To Live, Live To Ride”, ótima para se ouvir dirigindo na estrada (de preferência uma moto), “We’re Gonna Make It”, com ótima levada e riffs, e a não tão famosa mas igualmente ótima, “I’ll Take You Alive”. Há ainda “The Power And The Glory” e “I’ve Had Enough” que trazem ótimas linhas de baixo executadas por Mark “The Animal” Mendoza. Só a balada “You’re Not Alone (Suzette’s Song)” que não chega a empolgar muito e traz um tema bastante clichê, tendo sido composta por Dee Snider para sua esposa Suzette.
Em seu segundo trabalho de estúdio a banda realmente cativa o ouvinte com sua energia, as boas composições e um Hard Rock intenso, já mostrando porque um ano mais tarde, em 1984, o caminho estaria aberto para o sucessor “Stay Hungry” alcançar o topo das paradas musicais.


Assim, o maior sucesso deles ainda estava por vir, “Stay Hungry”, que rendeu dois grandes estouros: “We’re Not Gonna Take It” e “I Wanna Rock” entraram nas paradas musicais dos Estados Unidos e Europa, além dos vídeos clipes exibidos intensamente na MTV. A turnê foi muito bem-sucedida e colaborou para aumentar a vendagem do disco.
Stay Hungry é mais comercial e tem um estilo mais desenvolvido que os anteriores, e foi o que chamou atenção da MTV. O próprio Jay Jay chegou a dizer: “Cada banda tem seu momento forte. Stay Hungry é para nós como o Dark Side of the Moon é para o Pink Floyd”.
A música homônima abre o álbum com o estilo festeiro do Twisted: com uma batida empolgante, riffs rápidos e vocal engrenado. Mesmo tendo uma melodia relativamente simples, o vocal é de se admirar e parece que toda a música é direcionada pra exibir o potencial de Snider. Isso foi feito de maneira surpreendentemente profissional, de forma que percebemos a potência da voz de Dee, mas não deixamos de notá-la em harmonia com os outros instrumentos, pois não é algo feito para se sobrepor. O solo também tem uma pitada de exibicionismo, nada fora do normal para uma primeira música.
Já "We’re Not Gonna Take It" não só é uma faixa de muita qualidade, como também é muito polêmica, pois esteve na lista das 15 músicas vetadas pelo PMRC por supostamente conter violência.


No entanto, qualquer um que observar a letra da música vai perceber que não há violência e sim um protesto. Traduzida livremente como “Nós não vamos aguentar isto”, essa faixa fez história ao desmoralizar o PMRC, feito repetido pelo próprio Dee Snider mais tarde no tribunal.
Deixando de lado a letra “orra, te chamou pra briga“, encontramos uma melodia ótima. Existe uma harmonia perfeita entre os instrumentos, de forma que há uma alternância entre os destaques, e Jay Jay arranca um belo solo das cordas. Conta também com a paradinha só pra vocal e bateria, que acabou fazendo o papel de deixar o protesto bem claro.
"Burn in Hell" é um pouco mais estruturada, mas sem surpresas. A letra fala sobre pecados, arrependimentos e as coisas que nos levam ao inferno e é cantada de forma um tanto normal demais para o Twisted Sister. De fato, a melhor parte é do solo em diante quando o vocal se torna mais interessante em conjunto com o backing. Foi tocada no filme “Pee-wee’s Big Adventure” (sem tradução), o primeiro longa do Tim Burton, no qual a banda até apareceu discretamente por uns segundos. Considero uma faixa razoável, mas abaixo do potencial (e discrepante com o estilo) do Twisted.
"Horror-Teria" é na verdade um segmento de duas músicas que contam uma história. Em 1998, quando Dee escreveu e atuou no filme “Strangeland” , essa música foi a base, sendo que o personagem de Snider foi o próprio Capitão Howdy. Começando com alguns segundos do famoso tema de Psicose, para mostrar que se tratava de terror, a letra na primeira parte é narrada por um psicopata e os refrões são avisos: “Fique longe do Capitão Howdy”. A letra é legal, mas a melodia é apagada, o que torna a faixa perfeita para trilha sonora. Depois de um fade começa a segunda parte "Street Justice". Essa é a parte boa, pois a letra narra o crime já ocorrido, fala do grito de uma criança, que justiça não foi feita, pedindo assim pela justiça das ruas e clamando que o povo não tenha misericórdia. A música ganha mais força, o solo acompanha essa mudança, os coros ficam mais incisivos e o toque especial fica por conta das vozes do povo revoltado ao fundo.
 "I Wanna Rock" é o hino do Twisted Sister, é o mais óbvio ponto alto do álbum. Com coros perfeitos, vocal impecável e melodia de fazer inveja, não tem música como "I Wanna Rock" em mais nenhum álbum do Twisted. Traduz a essência da pureza e do amor ao Rock com uma letra que não é rebuscada, mostrando mais ainda essa característica de ir direto ao ponto que o Twisted sempre teve. Não acredito que essa faixa ficaria tão perfeita se fosse cantada por qualquer outro que não Dee Snider. O vocal rasgado e levemente rouco dele caiu como uma luva nesse objetivo de mostrar a paixão pelo Rock, e também ajudou a dar um grande contraste quando o solo começa.


"The Price" é uma faixa mais voltada para o Hard Rock. Nessa é a música eu imagino um clipe numa estrada com flashbacks passando. Fala sobre o preço que temos que pagar por algumas coisas, dos objetivos que temos que abrir mão, sobre escolhas e estilos de vida. Não é muito objetiva, é uma letra que pode ser aplicada a muitas situações, não só ao amor. A letra reflexiva é endossada pelos riffs harmônicos e agradáveis, mas não tristes.


"Don’t Let Me Down" é mais simples, fala sobre expectativas e frustrações. A frase “Don’t Let Me Down” é repetida até a exaustão, não surpreende que grude na cabeça. O solo de Eddie e Jay Jay é a melhor parte da música e parece que até tenta compensar o restante.
Março de 1987: Joey Franco, JJ French, Mark Mendonza, 
Dee Snider, Eddie Ojeda.
Em "The Beast" o destaque aqui vai para o solo e refrão impactante. No restante, acho uma música muito parecida com a primeira parte de Horror-Teria, até mesmo na letra. A melodia é bem composta, mas faltou letra e até um pouco de voz para acompanhar. O vocal soa desnecessário e não transmitiu emoção (talvez porque a letra seja vazia, o que ela diz basicamente é “você vai morrer não importa o que faça”),  o que acabou sendo bom ao dar ainda mais impacto no refrão em coro, mas tirou a graça da música.
"S.M.F." significa “Sick Mother Fuckers” e é uma homenagem aos fãs da banda, que no começo se denominavam "Sick Mother fucking Friends Of Twisted Sister". Como S.M.F.F.O.T.S. não seria propriamente uma abreviação, eles resolveram que seriam só "filhos da puta" mesmo. A letra fala sobre ser diferente, a “ovelha negra da família” e descreve o típico fã de Twisted na época, fazendo todos se sentirem mais ligados à banda. A música é ótima, empolgante, gruda na cabeça e o solo de Jay Jay tem algo de divertido.


O sucesso meteórico do grupo não foi mantido com o lançamento, em 1985, de “Come Out and Play”, álbum muito criticado pelo excesso de referência ao Glam Rock. A Atlantic Records tentou reverter a situação e relançou “Under the Blade”, com a faixa bônus “I’ll Never Grow up Now!”. Eles saíram em turnê, mas o público tinha diminuído e a hostilidade crescia. No final da turnê, o baterista A.J. Pero decidiu sair do grupo.
A crise só começava e os boatos sobre as desavenças entre Snider e French aumentavam. Mesmo assim, eles lançaram mais um álbum, “Love Is for Suckers” em 1987, com o novo baterista Joey Franco. A receptividade não foi diferente do anterior e o grupo decidiu encerrar as atividades.
Em 1998, Snider escreveu e estrelou o filme de terror “Strangeland”, baseado em algumas canções do disco “Star Hungry”. O grupo se reuniu então para gravar a música “Heroes Are Hard to Find”, que entrou na trilha sonora do filme.
Em 1999  lançaram o fraco "Club Daze Volume 1: The Studio Sessions. No mesmo 1999, eles se reuniram para lançar material ao vivo do grupo.
Em 2001, investiram numa sequência não muito bem sucedida lançando "Club Daze Volume II: Live in the Bars".
Em 2001, saiu o tributo ao grupo “Twisted Forever”, com Motörhead, Anthrax, Sebastian Bach, Joan Jeff e Vision of Disorder. O grupo se reuniu novamente para gravar a música “Sin City” do AC/DC, que entrou no disco tributo.
Um fato interessante, que comprova o imenso sucesso da música “We’re Not Gonna Take It” é que, em 2003, durante sua campanha eleitoral para governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger a utilizou como canção-tema da campanha que o levou a ganhar as eleições.


No ano de 2004, rearranjaram seus clássicos do "Stay Hungry" e os lançaram no álbum "Still Hungry".
Pois bem, passados mais de vinte anos de seu lançamento, e embalados pela volta da formação original aos palcos, a banda resolveu regravar todo o álbum e o resultado é o que ouvimos em "Still Hungry".
É interessante ver como as composições do Twisted Sister resistiram ao tempo. A mixagem está mais crua em relação a "Stay Hungry", aliada a pequenos detalhes como andamentos ligeiramente diferentes das músicas (como é o caso de "We're Not Gonna Take It", que apresenta guitarras "pedaladas" muito mais pesadas que a versão original, além de uma introdução de bateria um pouco diferente), torna a audição do álbum, que poderia se tornar maçante e chata justamente por não trazer nenhuma novidade, agradável e gratificante. Dee Snider e companhia mostram que são como vinho, e suas novas interpretações para velhos clássicos mostram que a experiência alcançada em mais de duas décadas de estrada faz muita diferença.
A banda parece olhar para o seu passado de forma descontraída e divertida, e isso se reflete nas novas versões das músicas, que não soam burocráticas, mas sim revigoradas pelo tempo.
Praticamente não há destaques entre as nove faixas originais revistas pelo Twisted Sister, até porque nada mais precisa ser dito de clássicos eternos como "Stay Hungry", "We're Not Gonna Take It", "Burn In Hell", "Horror Teria", "I Wanna Rock", "The Price", "Don't Let Me Down", "The Beast" e "S.M.F.".
As guitarras de Jay Jay French e Eddie Ojeda mantém a classe original, assim como o baixo de Mark Mendonza. Os principais destaques individuais vão para a voz de Dee Snider, que está melhor ainda, aliando a potência que sempre possuiu a experiência adquirida pelo tempo, e para a bateria de A.J. Pero, que se mostra muito mais técnica, abusando das viradas e acrescentando ainda mais peso às músicas.
A versão lançada pela Hellion Records aqui no Brasil ainda nos brinda com mais sete faixas bônus além das regravações, e que podem ser divididas em três partes. As duas primeiras, as ótimas "Never Say Never" e "Blastin' Fast & Loud", são sobras das sessões de gravação do álbum original em 84, e apresentam a típica energia do Twisted Sister, com refrões marcantes. Já "Come Back", "Plastic Money", "You Know I Cry" e "Rock'N'Roll Saviors" foram gravadas em 2004, logo após a reunião da banda, e vão na mesma linha. Finalizando temos "Heroes Are Hard To Find", com uma pegada mais pop, mas mesmo assim mantendo a classe e a força da banda.
A produção do álbum ficou a cargo do baixista Mark Mendonza, e como já é tradicional nos lançamentos da Hellion Records, os cuidados com os detalhes do CD são primorosos, mostrando o respeito da gravadora com os consumidores.
Um bom álbum, com um valor histórico muito grande e que já valeria a pena só pelas regravações dos clássicos originais, mas que ganha ainda mais destaque com as várias faixas extras incluídas. Uma ótima aquisição para qualquer fã do bom e velho Rock and Roll.


Em 2006, lançam o irônico "A Twisted Christmas" juntamente com o um DVD de uma apresentação natalina ao vivo. O álbum e o DVD são garantia de diversão, uma vez que no palco poucos podem concorrer com estes "performers". É preciso deixar claro que a versão em vídeo não é das mais caprichadas. Som e imagem não passam de regulares, mas também não chegam a estragar o momento. A mistura de clássicos do Metal e clássicos natalinos é certeira, resultando numa apresentação de pouco mais de uma hora, registrada em Nova Jersey.


Em 2007 a banda teve seu clássico "I Wanna Rock" presente no game Guitar Hero Encore: Rock's the 80'. "I Wanna Rock" também foi licenciada em 2002, para o jogo G.T.A Vice City, podendo ser ouvida na própria rádio do game, V-ROCK.
O Twisted Sister fez um show em São Paulo em novembro de 2009. Essa foi primeira vez que a banda veio ao Brasil. A turnê mundial do Twisted Sister celebrou os 25 anos do disco "Stay Hungry", que apresentou para o mundo clássicos como "We're Not Gonna Take It", "I Wanna Rock" e "The Price".
Em 2010, em nova turnê, a banda retornou ao Brasil, realizando desta vez 2 shows, um em Curitiba/PR, em 26 de novembro no Curitiba Master Hall e outro em São Paulo/SP, em 27 de novembro no Via Funchal.
Enfim, após o Twisted Sister retornar à ativa em 2008 e anunciar que não haveria mais álbuns inéditos, nada mais natural do que a aparição de discos clássicos devidamente reeditados.
Porém, em entrevista ao site inglês "Über Rock" o guitarrista do Twisted Sister Eddie Ojeda, afirma que o retorno se deu pelo fato de "estarem quebrados", além do incentivo dos fãs. E quando questionado sobre um novo álbum afirma "Sim, mas no momento não é o foco. Não planejamos fazer isso, mas nunca diremos nunca, pois não sabemos o que pode rolar no futuro. Talvez façamos um single aqui, outro ali, não sei. Quando bandas antigas fazem material novo, parece que não é notado. As pessoas ainda querem ouvir a velharia. Penso nisso quando vejo grupos como o Iron Maiden e o Judas Priest executando músicas novas e a audiência ficando quieta. Aí vem algo do British Steel ou Screaming For Vengeance na seqüência e é como se todos voltassem à vida. Então, qual o sentido de se esforçar tanto para acontecer esse tipo de coisa? No caso do Twisted Sister, já faz muito tempo que não lançamos discos de músicas inéditas. Estou trabalhando em um novo álbum solo, mas em relação à banda não parece que teremos novidades, ao menos agora".
Já Dee Snider entrevistado pelo site estadunidense Metalshrine, não dourou a pílula e declarou abertamente sua posição sobre a viabilidade de se lançar músicas novas de bandas antigas no atual mercado fonográfico.
O que segue abaixo é a tradução de um pequeno trecho da entrevista.
Metalshrine: eu entrevistei Jay Jay alguns anos atrás e tenho lido entrevistas mais recentes com você e ele, e ambos dizem que ninguém quer ouvir um disco novo do Twisted Sister, mas você ouviu o último do Van Halen?
Dee: Sim.
Metalshrine: Eles pegaram um bando de demos antigas e ficou maravilhoso. Van Halen clássico e vocês não poderiam fazer algo assim com o Twisted Sister e dar aquele som clássico dos anos 80 às gravações? Sem tentar soar como algo de 2012.
Dee: Eu não sei quanto o novo disco do Van Halen vendeu ao redor do mundo…?
Metalshrine: creio que cerca de 400 mil cópias nos EUA até agora, o que é muito bom hoje em dia.
Dee: Exatamente. Esse é o Van Halen. Eles são bem maiores que o Twisted Sister, então baixe esse número para a quantidade apropriada e você chega a 40 – 60 mil cópias. Não que seja tudo por dinheiro, mas pra mim… eu chamo isso de voltar para o futuro. Eu espero o cientista lá, qual é o nome dele, ‘Grande Scott, Marty! Eles colocaram um disco nos anos 80 nos 2010s. Vamos torcer pra que eles não se encontrem, porque isso quebraria a linha de continuidade entre tempo e espaço!’ [imitando a voz de Christopher Lloyd] Eu estou tão animado com o que vou fazer em seguida que não me sinto motivado a isso. Mesmo se fosse o disco mais bem vendido do mundo. Bem, se fosse pra ser o disco mais bem vendido do mundo, talvez. Os fãs não querem ouvir um disco novo e quando você faz um disco que soa como antigamente, eles só dizem, ‘Ah, parece com as músicas velhas’. Não é desse tempo. Você não vai ser executado nas rádios, você não vai aparecer na TV nem vão tocar seus clipes, não há lojas pra que o disco se viabilize. Você não tem canais de saída. Eu apresento um programa de metal dos anos 80 e nós nunca tocamos músicas novas. Não sou só eu. Isso vem da estação de rádio e dos produtores. Eu digo, ‘Apenas mostrem a coisa pra eles! Toquem apenas o primeiro refrão!’ Nós falamos sobre o novo disco, dizendo, “Bem, o RATT está de volta ao estúdio e eles lançaram um disco novo chamado ‘DEFECATOR’. É um esfíncter com bosta pingando do rabo”. Ninguém nem dá bola ao texto e já dizem, ‘Ninguém quer ouvir isso’. E eu já disse isso antes, é sempre a música pra você ir ao banheiro. Material novo sempre foi a porra da hora de ir ao banheiro, mesmo quando era o ZEPPELIN tocando ‘Kashmir’ antes de o disco sair. ‘Essa é do disco novo. Se chama ‘Kashmir’. [Dee se levanta e vai embora]. ‘Você quer uma cerveja? É a porra da ‘Kashmir’! Você quer dizer, ‘Aonde você vai, porra? Senta essa bunda! ’. Eu simplesmente não vejo isso acontecendo.


Até certo ponto concordo com Dee Snider quando ele afirma que os fãs e a crítica são muito chatos ao abordar álbuns novos de bandas clássicas e sempre afirmam que parece mais do mesmo. Porém acho que o Twisted Sister deve sim lançar novos álbuns, sem regravações, mantendo o seu estilo ireverente e crítico, empolgando e divertindo os verdadeiros fãs.

Integrantes
Dee Snider - vocal (1976–1987, 1997–presente)
Eddie Ojeda - guitarra solo & rítmica, backing vocal (1975–1987, 1997–presente)
Jay Jay French - guitarra solo & rítmica, backing vocal (1972–1987, 1997–presente)
Mark "The Animal" Mendoza - baixo, backing vocal (1978–1987, 1997–presente)
A. J. Pero - bateria, percussão (1982–1986, 1997–presente)

Músicas
Under the Blade (1982)
"What You Don't Know (Sure Can Hurt You)" - 4:45
"Bad Boys (of Rock 'n' Roll)" - 3:20
"Run for Your Life" - 3:28
"Sin After Sin" - 3:23
"Shoot 'Em Down" - 3:53
"Destroyer" - 4:16
"Under the Blade" - 4:40
"Tear It Loose" - 3:08
"I'll Never Grow Up, Now" - 4:27
"Day of the Rocker" - 5:03

You Can't Stop Rock'n'Roll (1983)
"The Kids Are Back" – 3:16
"Like a Knife in the Back" – 3:03
"Ride to Live, Live to Ride" – 4:04
"I Am (I'm Me)" – 3:34
"The Power and the Glory" – 4:20
"We're Gonna Make It" – 3:44
"I've Had Enough" – 4:02
"I'll Take You Alive" – 3:08
"You're Not Alone (Suzette's Song)" – 4:02
"You Can't Stop Rock 'n' Roll" – 4:40

Stay Hungry (1984)
Side One
"Stay Hungry" - 3:03
"We're Not Gonna Take It" - 3:38
"Burn in Hell" - 4:43
"Horror-Teria: (The Beginning)" – 7:45
"Captain Howdy"
"Street Justice"

Side Two
"I Wanna Rock" - 3:06
"The Price" – 3:48
"Don't Let Me Down" - 4:26
"The Beast" – 3:30
"S.M.F." - 3:00

Come Out and Play  (1985)
Lado A
"Come Out and Play" – 4:51
"Leader of the Pack" – 3:48
"You Want What We Got" – 3:45
"I Believe in Rock 'n' Roll" – 4:03
"The Fire Still Burns" – 3:34

Lado B
"Be Chrool to Your Scuel" – 3:53
"I Believe in You" – 5:23
"Out on the Streets" – 4:27
"Lookin' Out for #1" – 3:07
"Kill or Be Killed" – 2:47

Love Is for Suckers (1987)
Side One
"Wake Up (The Sleeping Giant)" – 4:19
"Hot Love" – 3:28
"Love Is for Suckers" (Marky Carter, Dee Snider) – 3:25
"I'm So Hot for You" – 4:05
"Tonight" - 3:51

Side Two
"Me and the Boys" – 3:52
"One Bad Habit" – 3:18
"I Want This Night (To Last Forever)" (Mark Tanner, Marty Wagner, Dee Snider) – 4:18
"You Are All That I Need" – 4:17
"Yeah Right" – 3:14

Club Daze Volume 1: The Studio Sessions (1999)
"Come Back"
"Pay The Price"
"Rock 'N' Roll Saviors"
"High Steppin'"
"Big Gun"
"TV Wife"
"Can't Stand Still"
"Follow Me"
"I'll Never Grow Up, Now"
"Lady's Boy"
"Leader Of The Pack"
"Under The Blade"
"Shoot 'Em Down"

Club Daze Volume II: Live in the Bars (2001)
"Never Say Never"
"Blastin' Fast & Loud"
"Follow Me"
"Under the Blade"
"Lady's Boy"
"Come Back"
"Can't Stand Still"
"Honey, Look Three Times"
"You Know I Cry"
"Without You"
"Plastic Money"
"Long Tall Sally"
"Johnny B. Goode"

Still Hungry (2004)
"Stay Hungry" – 3:14
"We're Not Gonna Take It" – 4:36
"Burn in Hell" – 5:37
"Horror-Teria: The Beginning" - 8:42
"Captain Howdy"
"Street Justice"
"I Wanna Rock" – 3:15
"The Price" – 4:08
"Don't Let Me Down" – 4:45
"The Beast" – 3:25
"S.M.F." – 3:28
"Never Say Never" – 2:19
"Blastin' Fast & Loud" – 3:00
"Come Back" – 6:25
"Plastic Money" – 4:05
"You Know I Cry" – 4:21
"Rock 'n' Roll Saviors" – 5:04
"Heroes Are Hard to Find" – 5:00

A Twisted Christmas (2006)
"Have Yourself a Merry Little Christmas" - 4:48
"Oh Come All Ye Faithful" - 4:39
"White Christmas" - 3:56
"I'll Be Home for Christmas" - 4:08
"Silver Bells" - 5:05
"I Saw Mommy Kissing Santa Claus" - 3:39
"Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow!" - 3:09
"Deck the Halls" - 2:52
"The Christmas Song (Chestnuts Roasting on an Open Fire)" - 3:40
"Heavy Metal Christmas" (paródia de The Twelve Days of Christmas) - 5:14
"We Wish You a Twisted Christmas" (bônus track)

Fotos dos vinis
1984 Stay Hungry (Importado)
Capa (frente), PINK vinil 180gram (Side A) e encarte.
Fotos: Diego Kloss Assistência: Priscilla Kloss
1984 Stay Hungry (Importado)
Capa (verso), PINK vinil 180gram (Side B) e encarte.
1984 Stay Hungry (Importado)
Poster

1984 Stay Hungry (Importado)
Capa (frente), PINK vinil 180gram (Side A), encarte e poster.
1984 Stay Hungry (Importado)
Detalhe do PINK vinil 180gram (Side A).
1984 Stay Hungry (Importado)
Detalhe do verso da capa.

1986 Come Out and Play
Capa (frente), vinil 120gram (Side A) e encarte.
1986 Come Out and Play
Capa (verso), vinil 120gram (Side B) e encarte.
1986 Come Out and Play
Detalhe da capa (frente).

1986 Come Out and Play (Japão)
Detalhe da capa (frente). Foto: internet
1986 Come Out and Play
Detalhe da capa (verso).

1987 Love is For Suckers
Capa (frente) e vinil 120gram (Side A).
1987 Love is For Suckers
Capa (verso) e vinil 120gram (Side B).

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