Gravadora: Mascot Label Group
Gênero: Blues, Blues Contemporâneo, Eletric Blues, Soul, Funk e R&B.
Obs: o álbum não está a venda
Na seção Novidade de hoje, vou falar de um cantor, compositor e guitarrista americano que sempre montou a linha perfeita calçada no Blues, mas também com uma guitarra pungente, possui composições mergulhadas na alma do Soul: estou falando de Robert Cray.
Considero minha história com o Blues muito recente, coisa de uns cinco anos mais ou menos. Já conhecia algumas músicas, mas ainda não tinha escutado e estudado a fundo os grandes guitarristas e cantores do gênero. Nessa minha busca incansável por boa música e depois de ouvir cantores e guitarristas renomados como Steve Ray Vaughan, Muddy Waters, Buddy Guy, Eric Clapton, John Lee Cooker, Robert Johnson e muitos outros, comecei a pesquisar guitarristas dentro do sub-gênero Blues Contemporâneo e fiquei encantado pelas composições de Gary Clark Jr, Guy King, Keb Mo e principalmente por Robert Cray. Porém, diferentemente de Gary Clark e Guy King, Keb Mo e Robert Cray não possuem uma carreia tão recente, já que seus primeiros álbuns datam de 1980, o "Rainmaker" e "Who's Been Talkin", respectivamente. Resolvi pesquisar mais a fundo os dois guitarristas e descobri belíssimas composições que tem o Blues como raiz, mas tem o swing e levada do Soul.
Robert Cray nasceu no dia 01 de agosto de 1953, em Columbus, Georgia, Estados Unidos. Começou a tocar guitarra no início da adolescência. Ele participou de Denbigh High School, em Newport News, Virginia. Com vinte anos, Cray tinha visto seus heróis Albert Collins, Freddie King e Muddy Waters em concerto e decidiu formar sua própria banda: eles começaram a tocar em cidades universitárias na Costa Oeste. No final de 1970, ele viveu em Eugene, Oregon, onde formou o Robert Cray Band e colaborou com Curtis Salgado nas Cray-Hawks.
Em 1978, no filme "National Lampoon's Animal House", Cray foi o
guitarrista creditado na banda da casa de festa "Otis Day and the Knights". Depois de vários anos de sucesso regional e a pouca reperscussão do álbum de estreia "Who's Been Talkin" (1980), pela Hightone Records, Cray assinou com a Mercury Records
em 1982 e lançou "Bad Influence" e na sequência "False Accusation" (1985), ambos foram moderadamente bem sucedidos nos Estados
Unidos e na Europa. Seu quarto lançamento "Strong Persuader" (1986), produzido por
Dennis Walker, recebeu um Prêmio Grammy e a "Smokin 'Gun" lhe deu um reconhecimento mais amplo.
Cray teve a oportunidade de jogar ao lado de John Lee Hooker no álbum "Boom Boom", tocando o solo de guitarra na canção "Same Old Blues Again". Ele também é destaque no álbum "Hooker, The Healer", no qual toca um solo de guitarra na canção "Baby Lee". A Robert Cray Band voltou a tocar com Hooker na faixa-título do álbum de 1992, "Mr. Lucky", onde Cray toca guitarra, canta e duela com Hooker durante toda a canção.
Cray tocou com Eric Clapton, Buddy Guy, Jimmie Vaughan e
Stevie Ray Vaughan no Music Theatre Alpine Valley em East Troy, Wisconsin ,
tocando "Sweet Home Chicago". Esta foi a última apresentação de
Stevie Ray Vaughan antes de morrer em um acidente de avião mais tarde
naquela noite .
Cray foi convidado para tocar nos concertos "Guitar
Legends" em Sevilha, na Expo Espanha em 1992, onde tocou a faixa "Phone Booth".
Ele apareceu no Crossroads
Guitar Festival e apoiou Eric Clapton em sua turnê mundial entre 2006-2007. Em 2011, Cray finalmente entrou para o "Blues Hall of Fame".
Embora bluesman por excelência, o músico não se prende a um
único estilo. Isso significa que Cray tem sim uma base bastante firme e nunca
negou suas raízes, mas ao mesmo tempo passeia com naturalidade pelo Rock, Jazz, Soul entre outros ritmos - sem nunca abandonar o groove.
Robert Cray está perto do ápice da cena de Blues Contemporâneo e seu mais novo álbum, "In My Soul", que não só reverencia os mestres do Blues, mas também revela um som único, resultado de sua habilidade em fundir o Blues com Soul numa mistura de canções originais e covers.
A marca de Cray é evidente em todo o álbum, com trabalho de guitarra preciso, vocais suaves e uma banda que trabalha em conjunto com soberba e muita técnica. Cray na guitarra e vocal, Richard Cousins no baixo, Les Falconer na bateria e Dover Weinberg no teclado. Também estão incluídos os músicos Trevor Lawrence na sax-tenor, Steve Madaio no trompete. Além disso, o produtor e compositor Steve Jordan faz a percurssão e participa das faixas "Deep In My Soul", na bateriae, na faixa extra "Pillow", na guitarra base. Steve Jordan trabalhou com Keith Richards, Eric Clapton, John Mayer e anteriormente trabalhou para Buddy Guy, Boz Scaggs, Bruce Springsteen e a banda "Cadillac Records". Porém, Cray enfatiza "Eu sabia desde cedo que Steve Jordan era o homem certo para produzir 'In My Soul'. Isto não tem nada a ver com a excelente cooperação entre Kevin Shirley e eu quando nós produzimos 'Nothin' But Love"[...]"
O álbum começa com "You Move Me", que é música com cadência dinâmica, transmitindo ao ouvinte uma sensação de conforto com arranjos pulsantes e melodia viciante. Depois disso, Robert flexiona suas cordas vocais no cover de Otis Redding, "Nobody’s Fault But Mine.” Na sequência, temos "Fine Yesterday", uma balada lenta e atemporal, na qual o ouvinte pode facilmente imaginar Cray no palco sem sua guitarra, desempenhando o papel de solista de um "quarteto vocal se Soul dos anos 1960".
Robert entra novamente no ritmo do Soul com uma música que destaca o lado terno de sua voz, na balada setentista "Hold On", que além da bela musicalidade, possui melodia sensual (minha canção favorita do álbum). "What Would You Say" é uma visão otimista sobre "como podemos deixar de lado nossas diferenças e simplesmente trabalhar para tornar o mundo um lugar melhor". Bem no meio da música temos uma pausa de solo interessante, no qual Robert Cray demostra todo seu talento no Blues. Não há dúvida de que "Hip Tight Onions" é um tributo instrumental óbvio para Booker T e os MGs.
Integrantes
Robert Cray - Vocais e guitarra
Richard Cousins: Baixo
Les Falconer - Bateria
Dover Weinberg - Teclados
Músicos adicionais
Trevor Lawrence - Sax-tenor
Steve Madaio - Trompete
Steve Jordan - Percurssão e participa das faixas "Deep In My Soul" na bateria e na faixa extra "Pillow", na guitarra base.
Músicas
Side A
1. You Move Me
2. Nobody’s Fault But Mine
3. Fine Yesterday
4. Your Good Thing Is About To End
5. I Guess I’ll Never Know
Side B
1. Hold On
2. What Would You Say
3. Hip Tight Onions
4. You’re Everything
5. Deep In My Soul
Pillow (Bonus Track)
Fotos do vinil
http://robertcray.com/As fotos, capas, álbuns, vídeos e músicas são todos de direitos reservados à Robert Cray Band, as gravadoras e aos fotógrafos que as produziram. O De Volta Para o Vinil utiliza dessas, apenas para divulgação do álbum ou do artista abordado na resenha.
Referências
http://bluesrockreview.com
http://www.bluesblastmagazine.com
http://www.bluesmagazine.nl
Robert Cray está perto do ápice da cena de Blues Contemporâneo e seu mais novo álbum, "In My Soul", que não só reverencia os mestres do Blues, mas também revela um som único, resultado de sua habilidade em fundir o Blues com Soul numa mistura de canções originais e covers.
A marca de Cray é evidente em todo o álbum, com trabalho de guitarra preciso, vocais suaves e uma banda que trabalha em conjunto com soberba e muita técnica. Cray na guitarra e vocal, Richard Cousins no baixo, Les Falconer na bateria e Dover Weinberg no teclado. Também estão incluídos os músicos Trevor Lawrence na sax-tenor, Steve Madaio no trompete. Além disso, o produtor e compositor Steve Jordan faz a percurssão e participa das faixas "Deep In My Soul", na bateriae, na faixa extra "Pillow", na guitarra base. Steve Jordan trabalhou com Keith Richards, Eric Clapton, John Mayer e anteriormente trabalhou para Buddy Guy, Boz Scaggs, Bruce Springsteen e a banda "Cadillac Records". Porém, Cray enfatiza "Eu sabia desde cedo que Steve Jordan era o homem certo para produzir 'In My Soul'. Isto não tem nada a ver com a excelente cooperação entre Kevin Shirley e eu quando nós produzimos 'Nothin' But Love"[...]"
O álbum começa com "You Move Me", que é música com cadência dinâmica, transmitindo ao ouvinte uma sensação de conforto com arranjos pulsantes e melodia viciante. Depois disso, Robert flexiona suas cordas vocais no cover de Otis Redding, "Nobody’s Fault But Mine.” Na sequência, temos "Fine Yesterday", uma balada lenta e atemporal, na qual o ouvinte pode facilmente imaginar Cray no palco sem sua guitarra, desempenhando o papel de solista de um "quarteto vocal se Soul dos anos 1960".
Issac Hayes e David Porter
escreveram "Your Good Thing Is About To End", onde é notável a habilidade de Robert para fazer uma música com sua marca, especialmente quando deixa os dedos expressarem suas emoções.
O som adquire o ar de Funk no original "I Guess I’ll Never Know", onde Cray acrescenta alguns riffs de grande efeito. A voz de Robert é simplesmente perfeita: carregada de poder emotivo e tons ricos que ecoam sobre o apoio da banda.
Robert entra novamente no ritmo do Soul com uma música que destaca o lado terno de sua voz, na balada setentista "Hold On", que além da bela musicalidade, possui melodia sensual (minha canção favorita do álbum). "What Would You Say" é uma visão otimista sobre "como podemos deixar de lado nossas diferenças e simplesmente trabalhar para tornar o mundo um lugar melhor". Bem no meio da música temos uma pausa de solo interessante, no qual Robert Cray demostra todo seu talento no Blues. Não há dúvida de que "Hip Tight Onions" é um tributo instrumental óbvio para Booker T e os MGs.
O ritmo desacelera de novo com a canção romantica "You’re Everything", que é seguido pelo cover excepcional do
"Deep In My Soul" da Bobby Bland Blues, que evoca o espírito inebriante de Nova Orleans, com solos vibrantes e qualidade assombrosa. É a faixa de encerramento perfeito e, como bem observa o produtor Steve Jordan, "uma canção que você tem que colocar e calar a boca, enquanto ele toca. Um verdadeiro show em todos os sentidos, é o destaque do álbum, deixando o ouvinte sem nenhuma dúvida a respeito da habilidade requintada de Robert Cray."
"In my Soul" é um daqueles belos álbuns que nasce puramente do amor que os músicos têm pela a música. Produção de Steve Jordan é cristalina, permitindo que todos os instrumentos brilhem, mantendo o calor humano da música. Um som que é ricamente detalhado e natural não importa o quanto você aumenta o volume (e você certamente vai querer aumentar ao ouvir). É um registro atemporal comovente, que incisivamente esmaga a existência moderna e remonta a uma época mais simples, mais inocente e de uma ledice absoluta.
O mais recente álbum de Robert Cray encontra o guitarrista
muito respeitado em um estado de espírito relaxado e álacre, trazendo um Blues mais corajoso do que álbum anterior, centrando-se no groove do Soul ou da "alma" propriamente dita. O resultado é um
álbum que pulsa com solos lindamente
lânguidos, sobre um pano de fundo musical que captura perfeitamente o espírito
livre dos anos 1960 e 1970. É um
registro que ilumina os espíritos, alivia a mente inquieta e é um prazer
absoluto do início ao fim.
Integrantes
Robert Cray - Vocais e guitarra
Richard Cousins: Baixo
Les Falconer - Bateria
Dover Weinberg - Teclados
Músicos adicionais
Trevor Lawrence - Sax-tenor
Steve Madaio - Trompete
Steve Jordan - Percurssão e participa das faixas "Deep In My Soul" na bateria e na faixa extra "Pillow", na guitarra base.
Músicas
Side A
1. You Move Me
2. Nobody’s Fault But Mine
3. Fine Yesterday
4. Your Good Thing Is About To End
5. I Guess I’ll Never Know
Side B
1. Hold On
2. What Would You Say
3. Hip Tight Onions
4. You’re Everything
5. Deep In My Soul
Pillow (Bonus Track)
Fotos do vinil
Fotos: Diego Kloss |
Referências
http://bluesrockreview.com
http://www.bluesblastmagazine.com
http://www.bluesmagazine.nl
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